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Saiba tudo sobre o caso Dolly x Coca-Cola
Diretor da Coca-Cola confessa em gravação métodos utilizados para destruir concorrente Dolly
A Dolly Refrigerantes já entrou no Cade, em Brasília, acusando concorrência desleal e abuso do poder econômico; quer aplicação de Lei Antitruste; Empresa também vai processar Coca-Cola nos tribunais americanos;
Coca teme avanço do sabor guaraná, que está fazendo o sabor cola perder espaço
Um emocionante caso de polícia, política, economia, com detalhes de espionagem industrial, ameaças pessoais, inclusive de morte, corrupção, sabotagem, abuso de poder econômico e envolvimento de órgãos públicos. Uma história que vai abalar a estrutura de uma das mais poderosas multinacionais mundiais, a Coca-Cola.
O empresário e industrial Laerte Codonho, dono da Refrigerantes Dolly, uma das mais importantes indústrias de refrigerantes, genuinamente brasileira, resolveu encarar e enfrentar - nos fóruns nacionais e internacionais - todo o sistema Coca-Cola. Ele descobriu e comprovou a existência e a aplicação de um plano secreto - o "arquivo LODO" - armado pela Coca para "detoná-lo", tirá-lo do mercado, levar ao "estrangulamento total" a sua companhia.
Orientado por seus advogados, Codonho conseguiu reunir provas contundentes de que, entre inúmeras ações, desde 2000 a Coca-Cola contratou pessoas e não economizou esforços para destruí-lo, usando para isso artifícios que vão de espionagem, ameaças e pressões junto a fornecedores, até sabotagem, corrupção, disseminação de boatos junto aos consumidores, toda uma sorte de ilegalidades, que agora deverão ser minuciosamente investigadas.
As acusações são baseadas em documentos e em várias horas de gravação de conversas mantidas, em junho e julho deste ano, com o executivo, ex-diretor de compras e estratégias da Panamco (recém-adquirida por 3,6 bilhões de dólares pelo Grupo Femsa, mexicano), Luis Eduardo Capistrano do Amaral, que agia a mando do ex-presidente da Coca, o argentino Jorge Giganti. Nas gravações, o executivo afirma que agiu a pedido e com a concordância dos superiores, tanto da Panamco, à época a maior engarrafadora da Coca no Brasil, como da empresa em Atlanta, EUA, sede da matriz mundial.
"O SABOR COLA ESTÁ PERDENDO PARA O GUARANÁ"
"Fui escalado por Atlanta para encontrar os caminhos de retorno à liderança de mercado, dos 70% que tínhamos perdido", fala o executivo, que lembra com orgulho das maldades que fez, nas fitas que estão em poder da Dolly e que serão entregues para a Justiça. "O sabor guaraná está ganhando mercado das colas e isso eles não admitem". "Eles", segundo as gravações revelam, elegeram a indústria Dolly porque a consideravam a mais organizada: bons produtos, de alta aceitação popular, com marketing agressivo e qualidade. Entre trechos de enorme importância, as gravações revelam que a foi a Coca-Cola que criou e deu intensa divulgação a um e-mail falso que afirmava que Dolly fazia mal à saúde.
"Nossas vendas despencaram. Além do e-mail fraudulento, distribuíram panfletos com as afirmações falsas em pontos de venda, nos ônibus, no metrô, postos de saúde, hospitais e academias de ginástica", relembra, revoltado, o dono da Dolly, que também deve pedir uma indenização milionária por danos morais e patrimoniais, nos processos.
ESCÂNDALO
A história completa é bastante complexa, envolve autoridades e nomes conhecidos, e à medida que for sendo revelada, trará a público detalhes inimagináveis da operação da multinacional Coca-Cola, aliando lobby, corrupção e sonegação, comprovando e detalhando como ela pretendeu destruir um empresário nacional, desmascarando sua pretensa ética e ação, tanto aqui no Brasil, como em outros países que opera. O empresário Laerte Codonho estará no próximo domingo, dia 11/01, na RedeTV, apresentado pelo jornalista Marcos Barrero.
Veja os vídeos:
http://www.dolly.com.br/video.htm
Leia os boatos:
http://www.quatrocantos.com/lendas/39_guarana_dolly.htm
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